sexta-feira, 30 de março de 2012

Viagem


Por enquanto,só através de imagens. Lindíssimas, por sinal. 
Obrigada Luís Marques. 

terça-feira, 27 de março de 2012

Um ator inesquecível


Quantas coisas já fizemos!

Teatro nosso, aqui num cantinho da escola de Marvila, quanta coisa já fizemos!  Quantos sonhos partilhados, quantas alegrias vividas, quanto trabalho suado, quanta emoção! quanto nervosismo, quanta calma e alegria! 


Com esta fada  (2001), conseguimos uma vontade coletiva de criar um clube de teatro na escola.  
 Com a peça "Olha o Passarinho" de António Torrado, conhecemos alunos talentosos e a peça foi um sucesso.  

                                                  
Com o nosso Pedro o pinóquio 
chegou a toda a escola e foi uma alegria  
 Com "a adivinha do Rei" a festa matou-nos a sede a todos e um rei muito louco proporcionou momentos hilariantes.  


Com "Espaços" cada cena teve o condão de nos prender, pela história, pelos personagens e pelos pequenos talentos que nos premiaram com a sua presença. Fala do homem do saco e de bruxa má tocaram fundo muitos gaiatos. 
 Um final com muito amor deu para falar durante muito tempo. 




Na peça "O principe nabo" assistimos a desafios de conversa muito divertida, que mostraram a capacidade de improvisação, tão necessária no teatro. Ainda nos deliciamos com madame  marquesa de Fanfarronade pelo talento da Mónica Mendes.


Com o cavaleiro da Dinamarca, viajámos por várias  várias salas e corredores  e envolvemos uma escola numa história maravilhosa. 



Poderia ficar horas a escrever e mostrar momentos de todas as peças que nos têm envolvido em estudo, trabalho, beleza e alegria . 
 Todos os que nos têm acompanhado de perto sabem que o teatro está presente todos os dias, pela memória e criatividade que proporciona.  

sexta-feira, 23 de março de 2012

Temos asas


 anomamo girl holds aracari in Parima Tapirapeco National Park (Venezuela)
© Art Wolfe/Art Wolfe Stock









"Isabel: Tu não tens livros e nunca estiveste num colégio nem numa universidade , como é que sabes tantas coisas?
Anão: Bem, nós os anões, vivemos quinhentos anos e assim temos tempo de ver muito, ouvir muito, pensar muito! E temos uma grande memória. Quando somos novos, os velhos anões contam-nos tudo quanto viram, durante os cinco séculos da sua existência. E também nos contam tudo quanto os pais deles lhes ensinaram. Ora um anão quando ouve uma coisa fica a sabê-la de cor para sempre. É por isso que eu te posso contar histórias que se passaram há mais de mil anos. Além disso viajamos muito.
Isabel: como é que podes viajar? Com umas pernas tão pequenas?
Anão: Viajamos pelo mundo todo a cavalo nos pássaros. Nós somos grandes amigos dos pássaros. E quando eles na Primavera e no Outono emigram em bandos levam – nos com eles sempre que nós temos vontade de mudar de sítio ou de ir ver o mundo. Eu já estive na Pérsia, no pólo norte na índia e fui com uma cegonha branca desde a Alsácia até ao norte de África. È por isso que sei todas as línguas da terra, as dos homens e as dos animais. Sei conversar com um turco e sei conversar com uma perdiz. "
excerto do diálogo de Isabel e do anão da obra "a floresta" de Sophia de Mello Breyner 



Asas

Nós nascemos para ter asas meus amigos.
Não se esqueçam de escrever por dentro do peito: nós nascemos para ter asas.
No entanto, em épocas remotas vieram com dedos pesados de ferrugem para gastar as nossas asas assim como se gastam tostões.
Cortaram-nos as asas como se fôssemos apenas operários obedientes, estudantes atenciosos, leitores ingénuos de notícias sensacionais, gente pouca, pouca e seca.
Apesar disso, sábios, estudiosos do arco-íris e de coisas transparentes, afirmam que as asas dos homens crescem mesmo depois de cortadas, e, novamente cortadas de novo voltam a ser.
Aceitemos essa hipótese, apesar de não termos dela qualquer confirmação prática.
Por hoje é tudo. Abram as janelas. Podem sair.

José Fanha, 1985, Cartas de Marear 

Mónica Mendes 2007/08

Há tempos atrás na peça "Ecos" Mónica Mendes, como pássaro verde , então aluna do clube de teatro disse este poema. É bom lembrá-lo sempre : o momento e as palavras 



quarta-feira, 21 de março de 2012

segunda-feira, 19 de março de 2012

Outros companheiros de trabalho.

 Fico muito feliz quando tenho alunos de roda de mim, a dizer:  professora não posso estar no teatro este ano, mas quero ajudar, posso?
 Claro que sim, vamos "arranjar emprego" para o pessoal, que por razões de horários, saídas e autorizações, não conseguem estar na única sessão que o teatro tem este ano. 
 Temos também outras situações: Alguém que não se sente muito  à vontade para dar a cara na hora da verdade, quero dizer, representar. Ora pois, no teatro não temos só atores, temos um leque grande de pessoas que podem fazer muitas outras coisas: cenários, adereços, guarda roupa, temos os  que tratam do som e da luz. 
 Para já temos uma ótima companhia a Beatriz, a nossa Bia, que este ano está a tratar do cenário. 
Neste momento anda atarefada a saber como são as folhas de um carvalho, porque é esta a árvore onde Isabel gosta de descansar e sonhar.  
 Aqui vai uma ajuda


E não é que há um blog da bolota ?aqui 






quarta-feira, 14 de março de 2012

Excelentes companheiros de trabalho



" Então num momento como tocada por um relâmpago a sala de baile acordaria. O piano começaria a tocar sozinho, nos castiçais uma mão invisível acenderia todas as velas, os panos brancos cairiam dos móveis e um perfume de rosas invadiria a sala, e as estátuas, uma por uma, sorrindo desceriam do seu pedestal. Mas até esse dia era preciso esperar. Era preciso que a sala continuasse muda, imóvel, sozinha, mergulhada em silêncio e penumbra. E por isso Isabel tornava a encostar a portada da janela, corria o duro fecho de ferro, e saía levemente, sem fazer nenhum barulho, pé ante pé."


 texto da obra : "A floresta" de Sophia de Mello Breyner Andresen  

Pensamentos sábios


"Um ser humano só cumpre o seu dever quando tenta aperfeiçoar os dotes que a natureza lhe deu.   Autor " Hesse , Hermann

"A natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas.   Autor -" Goethe , Johann

"O mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos. Autor -" Schweitzer , Albert

 "A natureza é a diferença entre a alma e Deus."Fonte -Livro do Desassossego
 Autor - Pessoa , Fernando






Verdes são os campos













Foto de Jim Richardson 



Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

Luís de Camões













foto Raymond Gehman

terça-feira, 13 de março de 2012

domingo, 11 de março de 2012

Conhecer pouco a pouco, sem pressa.

Aprender bem  é um dos nossos objetivos: Como?  Usando bem os nossos sentidos. 
Como conhecemos uma árvore? Quase sempre, primeiro, pela sua forma e cor através do nosso olhar atento. Muito pelo toque, pelo sentir da textura do seu tronco, da forma dos seus ramos, pela espessura das suas folhas. O seu cheiro que nos surpreende, umas vezes suave outras intenso, umas vezes doce, outras vezes ácido.  O sabor dos seus frutos. Por fim com mais subtileza pelo som dos seus ramos e folhagem, quando o vento as obriga a falar. 

Alguns alunos descobriram já, no espaço exterior da nossa escola, uma quantidade enorme de árvores, por acaso, sabes quais? São mais de vinte árvores diferentes identificadas no jardim da escola. E o mais interessante é que quase todas foram plantadas por alunos e professores.   
 
Esta por exemplo, com um nome algo estranho: catalpa, que dá umas flores lindas, por estes dias próximos. Muitos pensavam tratar-se de um arbusto, mas é de facto uma árvore.
 Temos vários choupos, cedros, plátanos, acácias robinas, pimenteiras, grevílias, palmeiras, oliveiras, figueiras, abacateiros, cerejeiras bravas, nespereiras, ,jacarandás, e um eucalipto, o mais velho da família e que dominava o espaço exterior nos primeiros anos da escola, continua falando connosco através do seu aroma e das suas folhas de vários tons do vermelho dourado ao verde azulado e das suas delicadas cápsulas segredo. 

Com todas estas árvores competem imponentes bananeiras, que sem vergonha vão-nos oferecendo belos e exóticos cachos de bananas todos os anos. 
    

quinta-feira, 8 de março de 2012

Falar com as árvores


 Quem as ama fala com elas!
 A Isabel, personagem da história"A Floresta" de Sophia de Mello Breyner, que estamos a trabalhar, ao longo da história, gosta de estar perto delas e tem-nas como confidentes. 
 Quem também as conhece bem é Tomé o jardineiro da quinta onde ela vive e que gosta de lhe ensinar os nomes das árvores que existem nos jardins, nos pomares e no bosque da quinta. 
 São tantas, tão diferentes e todas tão belas! Os castanheiros onde Isabel adora colher os ouriços para depois os esmagar com os pés e tirar deles as deliciosas castanhas



As cerejeiras que depois de florirem com as suas flores lindíssimas dão as saborosas cerejas 


Isabel, tinha também o hábito de passear devagarinho perto das tílias para sentir bem o seu cheiro e ver as suas flores delicadas. 

Todos os dias Isabel descobria novos encantos nos recantos da sua quinta. Nós vamos também descobrir a pouco e pouco esses e outros encantos.  


  

quarta-feira, 7 de março de 2012

ÁRVORES

POIS ENTÃO, VAMOS DEIXÁ-LAS FALAR NA SUA SOBERBA BELEZA! 

 Hoje só isto, olhá-las no seu esplendor de forma e cor.