sábado, 27 de fevereiro de 2016

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Ver Claro


Toda a poesia é luminosa, até
a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si. 
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar
outra vez e outra vez
e outra vez
a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
abençoado seja se lá chegar. 



                                    Sulcos da sede
                                        Eugénio de Andrade