Como professora, deparo-me por vezes com
situações caricatas, conto-vos aqui uma
delas.
Quando da abordagem aos materiais e suas qualidades, falou-se em
materiais poluentes e um objeto infelizmente muito usado pelos alunos, o
corretor foi alvo de atenção e crítica, chamei-lhe bicho ruím porque se trata
efetivamente de uma espécie de bicho que corrói cadeiras, mesas e folhas, num
uso desenfreado e “estúpido”, perdoai - me a expressão, mas não encontro palavra
mais adequada a semelhante coisa. Declarámos guerra então ao dito objeto e além
de estudarmos sinais, símbolos de segurança e higiene, aproveitámos em educação
visual para o desenharmos tal como um bicho agressivo, qual lagarto ou cobra,
enquanto construímos uma caixa tipo gaiola onde guardámos os ditos bichos, que
voluntariamente ou não, se foram acumulando na dita gaiola. Por estranho que
pareça tive de dar conta desta demanda a professores e encarregados de educação
que pensaram por certo que uma professora se queria apoderar de forma ligeira
dos tão preciosos “corretores”, estranho nome, este. A professora Arlete só
quis ensinar os meninos e meninas a darem valor aos pequenos gestos que fazem
de nós humanos, seres conscientes e respeitadores da Natureza.
Sem comentários:
Enviar um comentário